máscaras cirúrgicas por mês
Já está a funcionar uma fábrica em Bragança que produz máscaras cirúrgicas e respiradores ffp2.
A unidade, com duas linhas de produção automatizadas, tem capacidade para produzir cerca de 2 milhões de máscaras por mês. É das poucas em Portugal onde são produzidas as máscaras ffp2 com válvula.
Luís Afonso, que fez o investimento na zona industrial de Bragança, apostou numa unidade com características particulares de filtração de ar para maior qualidade do produto.
“É das poucas em Portugal e distingue-se quer na Península Ibérica quer no todo europeu por ser das poucas na Europa que produz máscaras cirúrgicas e respiradores ffp2 em ambiente farmacêutico, porque nós temos produção numa sala limpa, com filtração de ar e pressão positiva, com qualidade de ar categoria, que é muito elevada, coisa que não acontece na restante indústria de produção deste tipo de produtos”, esclareceu.
Para já a aposta é o mercado nacional, mas o empresário diz que a venda para o estrangeiro está a ser explorada.
“Estamos já a fazer propostas para o mercado estrangeiro, temos algumas negociações em curso para fora de Portugal, os Estados Unidos, Europa e África, no entanto, de momento estamos a fornecer o mercado português, porque ainda consome um volume importante de máscaras”, afirmou. Mas sendo “um produto diferenciado” vão tentar apostar em particular no mercado do norte da Europa com “um maior nível de exigência e outro nível de preços”.
Luís Afonso explica que a Bemed, marca adoptada pela empresa Novavet para este produto, foi um investimento a pensar não apenas no curto prazo em que as máscaras passaram a ser do uso diário dos cidadãos.
“Devido ao nosso investimento na área da qualidade estamos expectantes que nos diferenciaremos no futuro perante a restante concorrência instalada, seja em Portugal seja no resto da Europa. Investimos já com o pensamento posto uns anos mais à frente depois de passar a pandemia. Nessa altura e as pessoas estiveram a olhar para a qualidade dos produtos a nossa marca estará na primeira linha de escolha acredita”, acredita.
A unidade pode no futuro vir a ser alargada para a produção de outros equipamentos de protecção individual.
O investimento foi de 600 mil euros, para adaptar um armazém que era utilizado antes para armazenar comida de animais. A unidade foi co-financiada através do Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva – Covid 19.
Brigantia, Jornalista Olga Telo Cordeiro